Darwin, evolução e taxonomia

Charles Robert Darwin, foi um naturalista inglês e é considerado um dos grandes cientistas da história. Ele propôs em 1859 a Teoria da Seleção Natural e expos suas ideias no livro “A origem das espécies”.

Segundo a teoria de Darwin, as espécies não foram criadas separadamente e o ambiente, que possui recursos limitados, determina a importância de uma característica para a sobrevivência de uma população. Através do mecanismo da seleção natural, organismos com características hereditárias que favoreçam a sobrevivência e a reprodução tendem a deixar mais descendentes do que os demais. Ao longo do tempo e com o passar das gerações, a frequência dessas características aumenta.

Naquela época, ainda havia muitas lacunas de conhecimento que pudessem substanciar a pesquisa de Darwin. Ainda não existiam explicações sobre o surgimento da variabilidade e sobre como estas características são transmitidas através das gerações. Grande parte dessas dúvidas foram sanadas quando a genética começou a fazer parte dos estudos evolutivos, e agora, sabemos que a herança de pai-filho é transmitida através do nosso DNA. Conceitos como a mutação e recombinação genética passaram a ser discutidos no estudo da evolução da vida. Esse é o marco para o início do Neodarwinismo, também conhecido como teoria sintética.

Os estudos de Darwin repercutiram inclusive na forma de classificar as espécies. Hoje, cientistas sistematizam uma proposta alternativa à categorização taxonômica hierárquica propostas por Lineu para classificar os seres vivos. Essa nova forma de classificação leva em conta princípios expressamente evolutivos e filogenéticos independentemente de características anatômicas. Ela foi sistematizada no livro International Code of Phylogenetic Nomenclature (Phylocode) dos autores Kevin de Queiroz e Philip Cantino.

Esta abordagem implica o rastreio da história evolutiva e relações de ascendência e descendência de um determinado grupo para determinar sua classificação. E como a biologia é multidisciplinar, a classificação de um grupo envolve diversas áreas do conhecimento como biologia molecular, biogeografia, morfologia, entre outras.

Apesar da existência de uma teoria atual que classifica os seres vivos com base exclusivamente em filogenia, a taxonomia tradicional proposta por Carl Von Linnaeus baseada na morfologia ainda é a mais utilizada. Esta classificação agrupa as espécies em um sistema hierárquico de categorias taxonômicas, como domínio, reino, filo, classe, ordem, família, gênero, espécie. Por isso, a coleta metodologicamente adequada e a preservação correta dos espécimes é extremamente importante para a identificação e classificação dos independente do grupo estudado.

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Fontes:

https://pt.khanacademy.org/science/biology/her/evolution-and-natural-selection/a/darwin-evolution-natural-selection

https://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2020/08/066-069_classif-seres-vivos_294.pdf

Bicudo, C. E. D. M. (2004). Taxonomia. Biota neotropica, 4(1), I-II.

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